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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sobre "outro" tipo de Abuso

Do Blog Vida Materna:
fonte
Guest post escrito por Luzinete R. C. Carvalho.

 "Saímos para passear, na volta encontramos duas vizinhas na calçada, Francisco e eu paramos para dar "oi".

Elas puxam conversa, blá blá blá para lá, blá blá blá para cá, e um pedido de abraço para cá, um pedido de beijo para lá, ambos negados, e uma delas solta:

- Ele é tímido né? 

- Quando entrar na escola melhora! - Completa a outra como se a postura do Francisco fosse algo ruim.

Sou obrigada a responder:

- A sua netinha tem a idade dele e vai para a escolinha desde bebê não é? E também não gosta de se aproximar muito de estranhos! De modo geral crianças não gostam de intimidade com pessoas estranhas, e isso na verdade é muito bom.

- Ahhh, mas nós não somos estranhas! 

- Dona Fulana, a senhora já entrou na minha casa? 

- Não.

- O Francisco e eu já entramos na sua casa? 

- Não.

- Então a senhora é um estranha para ele sim! Na verdade, para mim também, mas eu já sou adulta, entendo melhor essas carências sociais, e se a senhora quiser um abraço meu eu dou! Se não acha que somos íntimas o bastante para me pedir um abraço, então também não é íntima o bastante para pedir um abraço para ele."

Este tipo de situação é bastante comum, acontece sempre, certa vez, em uma lanchonete, Renato se ofereceu para beijar a atendente que insistia em pedir beijo para o Francisco, dissemos, ainda bem humorados, que se ela estava assim tão carente de um beijo, que o Renato poderia beijá-la...

Impressionante como as pessoas abusam das crianças! 

ABUSO SIM! Quando forçamos uma criança a beijar, abraçar, ser tocada por outro, contra a vontade dela, isso é abuso, desrespeito, agressão.

Vale inclusive se for outra criança! Vale se for por alguém da família, até mesmo se for alguém que tenha intimidade com a família! 

Vale se a situação for a de forçar um bebê a ir no colo de outras pessoas.

A questão é que se foi forçado, foi um abuso.

Na verdade, até quando a criança age assim de forma espontânea precisamos estar atentos.

Devemos tratar as crianças com respeito, com empatia, devemos ensinar que o corpo delas deve ser respeitado, que há limites que devem ser ditados PELA CRIANÇA! 

Quando forçamos uma criança a beijar, abraçar ou permitir que a beijem ou abracem contra sua vontade, sob pena de ser considerada mal criada, "tímida" ou mal educada, estamos agredindo um pequeno ser que precisa ser protegido.

Quando expomos  uma criança a isto, estamos passando a perigosa mensagem que criança boazinha é aquela que se permite ser tocada, que criança "boazinha" é aquela que expressa isso através do contato corporal, que a criança "boazinha", e portanto, a aceita pelos outros, é aquela que não coloca limite sobre seu próprio corpo.

E, infelizmente, não vivemos dias em que podemos passar este tipo de mensagem para nossas crianças! 

Elas precisam aprender a se proteger de todo tipo de abuso, e mais do que gastarmos palavras vazias para explicar para crianças pequenas sobre o mundo terrível em que vivemos atualmente, devemos apenas deixar que o instinto natural que elas possuem as proteja! 

Devemos explicar conforme a idade, conforme a necessidade, mas a proteção mais efetiva que podemos oferecer para nossas crianças é através do RESPEITO que começa dentro de casa, começa através do pai, da mãe, dos familiares próximos.

E respeitá-las, inclusive, deste tipo de agressão aparentemente inocente e inócua, mas que não é.

Ensinar bons modos para as crianças é ensinar a cumprimentar, a se despedir, e isso não precisa ser obrigando a criança a ser tocada, abraçada, beijada.

Dê você os abraços e beijos que a sociedade carente e abusiva tanto necessita! 

Reflita sobre quais mensagens a SUA postura está transmitindo para seus filhos! 

Reflita se você está ensinando sobre respeito próprio. 

Se você não os respeita, se você não os protege, como eles poderão se defender sozinhos?

Pois no fim, precisamos entender que abuso é sempre abuso, não há diferenças...

Reflita.



Luzinete R. C. Carvalho é psicanalista apaixonada pela mente e pela Alma humana, esposa do maravilhoso Renato, mãe do lindo Francisco de 4 anos, que a ensina a cada dia novas maravilhas sobre o mundo, a Vida e os seres humanos. Deixou temporariamente os consultórios e os auditórios para viver a maternidade com alegria e plenitude. Atualmente está desenvolvendo um projeto que colocará a Psicanálise a disposição da Maternidade e Paternidade ativas, sendo a ferramenta para a busca do auto conhecimento e para a construção de famílias conscientes, integradas e felizes.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Não esqueci dos meninos...

Gente, na mesma linha do post anterior, da redecoração do quartinho da Laura, aí vão algumas ideias de quartinhos de meninos. Não esqueci deles... e também tem cama alta viu!!! Ah, por sinal, por aqui, estamos nos divertindo com toda esta bagunça. Ontem, colamos estrelinhas no teto... não vejo a hora de postar as fotos com tudo pronto.


 
 
Paredes temáticas mega decoradas. Um artista (um pouco mais complicado, eu sei), adesivos, ou papel de parede podem compor o cenário. E, agora, está na moda o tal tecido de parede. Vale a pena dar uma pesquisada. E vocês prestaram atenção nos gavetões sob a cama??? Interessante para quem tem pouco espaço...

 
Tá aí o castelo do seu cavaleiro, príncipe, bruxo, herói!!!

 
Esta ideia está aplicada a um corredor. Mas por que não numa das paredes do quarto dos pequenos???

 
 
Um passo-a-passo e uma ideia que adoro!!! Que tal pintar a pista e colar os carrinhos de verdade??? Os se for uma manta imantada??? Já pensou de demais!!!!
 
 
Xiii, muitas fontes, há tempo venho guardando ideias de decoração para quartos... Mas, bom, Pinterest com certeza, alguma coisa do Facebook, também...  Espero que tenham gostado.
 
Beijocas Barulhentas ;o)


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ideias lindinhas para o quarto da Laura

Olá com calor para todos...
Aff, desculpe gente, sei já está virando chavão, mas está de mais né?

Bom vamos ao que interessa, afinal, no quesito climatização já resolvemos a questão, kkkk.
Acho que não preciso explicar: as crianças crescem, e as necessidades delas mudam. Por isso, no final do ano passado iniciamos a "empreitada" de modificar e redecorar o quarto da Laura. Do rosa com personagens, para temas e cores alegres, mas um pouco mais neutras... Reformamos o roupeiro, substituímos a cama, mudamos a cor das paredes, instalamos climatizador, espera para computador e tv (na verdade trocamos ela de quarto na casa até)... Enfim, uma proposta completamente nova. Ainda não está pronto, pois o orçamento do que queremos nem sempre combina com o bolso... mas está  ficando muito bom. Hoje, vou postar algumas fotos que nos inspiraram. Daqui uns dias posto um "antes e depois", ok?

Corujas, jardins e borboletas são temas femininos, mas nem sempre infantis. E, se for necessário, hehe, podem ser associados a diversos personagens... Os adesivos tem mais algumas vantagens: preço e praticidade de aplicação.

A cominação de cores me chamou atenção. E seguimos na proposta branco e areia. Estava preocupada com o quê combinaria... e voilá, fica neutro!

Detalhe inspirador... vamos usar muito tecido...

Tomadas, fios, "t´s" sempre me incomodam... aí uma ideia? talvez...

Outra cama alta. Apostamos nisso para ganharmos espaço. Essa combinação de cores também é interessante, não acham?

Um extra. Amei a ideia, feliz e descontraída de evitar cadeiras arrastando...

Fotos de Google, do Pinterest e de anúncios de arquitetos, decoradores e de revistas do assunto no Facebook. Beijocas Barulhentas e Bom Findi! ;o)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Atividades: Vida atribulada

Inicio de ano é complicado, não é mesmo? Voltamos das férias quase precisando de folga, de tantas coisas que queremos fazer em poucos dias e... já temos que novamente entrar na rotina, que normalmente é muito, mas muito mesmo, mais corrida que a do período anterior...

No inicio do ano temos que acertar as contas, arrumar a mochila; e os materiais; e os uniformes; e a agenda da escola... e o que mais mesmo da escola? Ah! A reunião para conhecer os professores... Também o retorno à aula de música, de equitação, de... E daí aquela pergunta: "mãe eu vou fazer inglês este ano? Mãe, posso fazer aulas de desenho... Mãe, a "fulaninha" vai fazer escola de circo, também quero...  vai ter xadrez na escola...e por aí a fora..."

E, daí que a Laura entrou para o 3º ano do ensino fundamental. A carga horária é um pouco maior, o conteúdo é um pouco mais extenso e começam as provas para valer! E, daí que você também não quer negar oportunidades para sua filha, você quer ampliar seus horizontes, incentivar novas amizades...

Socorro! O dia só tem 24 horas para a criança, que como já comentamos em outros posts, precisa dormir, precisa um tempo para brincar, e outro para não fazer nada e abstrair... kkkk, isso sem comentar que NÓS - isso mesmo nós mamães (ou papais ou quem os cuida) precisa de tempo para comer, ir a banheiro, etc, etc, kkkkk. Nossa! São decisões simples, mas que devem ser pensadas e discutidas em família  - organizadas, para que todas as atividades não se transformem numa tortura estressante e surtam efeitos beeeemmm negativos.

Outro dia vi esta discussão num programa de TV. E, tanto o pediatra quanto a psicopedagoga que estavam sendo entrevistadas (desculpe, não anotei seus nomes) afirmavam: criança precisa brincar, precisa do lúdico, precisa descansar e precisa participar de algumas decisões que envolvem o seu dia a dia. Eles sugeriram que crianças  de até 5 anos de idade, não tenham atividades extras; além da escolinha. Para que possam ter um tempo maior para absorver o conteúdo aplicado, brincando... A partir dos 6 anos, duas atividades extras podem ser incorporadas à rotina, não mais.  A sugestão é que uma delas seja uma atividade física e outra intelectual. Somente lá pelos 12 anos, o pediatra sugeria que as crianças ocupassem seus dias com mais atividades... E eles ressaltaram que não é saudável, para crianças pequenas, incentivar a competição e a concorrência - contrariando o que muitos pensam, hoje em dia, não é verdade?

Em concordo com eles. Sempre acreditei que criança tem que ser criança e BRINCAR.  Inclusive, penso que muitos de nós, adultos, sofreríamos menos de estresse se tirássemos um tempo para brincar e descansar não é mesmo??? Outra: sempre acreditei que devemos considerar a opinião dos pequenos e conversar muito com eles para tomar algumas decisões. E que tudo tem um objetivo... No nosso caso, a Laura acredita ter descoberto uma atividades física de que gosta e se sente capaz, a equitação... E faz, há dois anos, outra atividade intelectual de que aprecia: a música, que incentiva o raciocínio, a concentração e a leitura e proporciona relaxamento. Ok. Duas atividades extras. Agora, com 7 anos, ela passou a se interessar por outros assuntos. E, como vocês, sabem, ela precisa se integrar, fazer novas amizades e desenvolver autonomia. Então, por que não acrescentarmos mais alguma coisa? Ou o inglês, ou o desenho, ou o xadrez, ou a aula de circo? Vamos experimentar.
E vocês? Como organizam o seu dia a dia? Que atividades extras seus filhos fazem... como eles se sentem com relação à carga horária de atividades?

BJKS Barulhentas de muita saudades de vocês...