Do site : http://psicologiacriancaeadolescente.blogs.sapo.pt/3940.html, escrito pela Dra. Teresa Marques - Doutora e Psicologia da Educação, extraí este texto para elucidar, um pouco, algumas atitudes e comportamentos que vemos por aí...
Ela afirma que desde muito cedo que os bebês tendem a testar os seus limites. Ao longo dessa exploração, esbarram, por vezes, com a atitude firme dos educadores e dos pais; mas pode acontecer que o modelo educativo seja demasiado permissivo e as crianças facilmente se apercebem que podem agir livremente, que podem ir além.
Os pais manifestam-se tão assustados e envergonhados com tal atitude, que acabam por dar o que a criança deseja. Podem até chegar a ameaçar com um castigo, mas raramente o cumprem, uma vez que a sua incapacidade de manter os limites é tão grande que não conseguem manter-se firmes.
Uma atitude permissiva não leva jamais a resultados positivos. Há alguns anos no que se refere aos limites, assistiu-se a uma grande confusão no que respeita à interpretação dada a alguns conceitos de psicologia infantil. Muitas pessoas passaram a não assumir atitudes educativas mais firmes com receio de traumatizar as crianças, o que é completamente equivocado.
Ao longo do crescimento, todos nós temos necessidade de nos traçarem linhas de conduta que possamos seguir; e só os pais ou educadores estão aptos a fazê-lo. Uma criança que cresce sem regras, dificilmente poderá sentir-se bem enquadrada na sociedade e, ser um adulto equilibrado e feliz.
Outro motivo prende-se com o receio de virem a ser menos amados pelos filhos, ou que estes os encarem como tiranos, o que encerra outra grande confusão de ideias. A firmeza não é sinónimo de autoritarismo. As regras podem, e devem, ser explicadas às crianças desde muito cedo, para que lhes seja mais fácil cumpri-las.
Perante uma birra, é sempre bom evitar frases do tipo “vou-te deixar-te aqui “ ou “ a mãe já não te quer porque tu és feio”, uma vez que as mentiras devem ser sempre evitadas e, para além do mais uma humilhação é um ataque à auto-estima da criança o que conduz a mais problemas do que resultados positivos.
Evite, por isso mesmo, repreender e agir no momento em que a birra está acontecendo. Afaste-se um pouco da cena e comporte-se com naturalidade. O mais comum é que as pessoas a volta comecem a tecer comentários, mas não se preocupe com isso.
Alguns dirão que a melhor atitude é dar-lhe uma palmada, uma vez que desconhecem que esse tipo de estratégia não conduz a resultados duradouros. Passado o momento de crise será a própria criança que se reaproximará dos pais ou educadores e, então, este é o momento de perguntar-lhe calmamente se tudo está ultrapassado e compreendido.
Mais tarde, em casa, se ele já tiver mais de 3 anos, poderá sentar-se e manter uma conversa sobre o assunto, explicando-lhe que esse tipo de atitudes não o levam a lado nenhum, uma vez que os pais não cedem a chantagens .
É bom que o seu filho saiba desde muito cedo que, do mesmo modo que os pais lhe satisfazem as suas necessidades, também são por vezes obrigados a negar-lhe alguns caprichos, para bem da sua formação.
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