Você chama seu filho e ouve sempre a mesma resposta: "Já vou!" Só depois de muita insistência, ameaças e broncas o pequeno cidadão finalmente resolve atender ao chamado. E não é só na hora do banho, do jantar ou de escovar os dentes. Muitas vezes, ele enrola até para passear. Haja paciência. Por que isso acontece? Na maioria das vezes, os pais não percebem que vivem numa velocidade diferente, especialmente quando o filho já está um pouco maiorzinho e dá a falsa impressão de que acompanha o ritmo dos adultos. Os pais querem que ele atenda na hora, sem se dar conta de que o pequeno, surpreendido pelo chamado, tem a sensação de estar sendo arrancado do que está fazendo. O melhor é falar com antecedência sobre a agenda. Assim, há uma chance maior dele lidar melhor com a frustração de largar a brincadeira do momento, que é sempre a melhor coisa do mundo a fazer (na opinião dele). Apesar de a criança não dispor de uma noção precisa de tempo em minutos, é possível utilizar parâmetros que façam sentido como referência. Você pode dizer, por exemplo, que o banho será ao final do jogo ou que vão sair de casa em meia hora, o tempo que dura um desenho. Se a criança ainda assim reluta em atender, vale pensar. Talvez faltem limites. Um erro comum é tentar resolver o problema compensando-o de alguma maneira. É importante que a criança aprenda que é preciso abrir mão de uma coisa para fazer outra. Não se pode ter tudo, certo? Ou isto, ou aquilo, como diria Cecília Meireles.
Fonte: Revista Crescer, boletim mensal via e-mail, conforme inscrição de faixa etária da criança.
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