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quarta-feira, 14 de março de 2012

Como ensinar e educar o filho único

Publicado em 06/03/2012 - Conteúdo do site CLAUDIA
Foto: Getty Images

Embora pesquisas na área de psicologia demonstrem que ser filho único não implica em falta de ajustamento à vida social, muita gente ainda acredita que essa criança geralmente é chata e que não sabe brincar em grupo. Não é verdade. A educação de um filho sem irmãos pode ser mais fácil em alguns aspectos e mais desafiadora em outros.

É comum o primeiro bebê tornar-se o foco de atenção dos pais e dos familiares. Os adultos estão sempre oferecendo colo e fazendo brincadeiras. A interação é importante. A atenção demasiada, no entanto, impede que a criança desenvolva a própria vontade à medida que cresce. Quando ela estiver brincando sozinha, concentrada e interessada em sua atividade, não a interrompa. Dê a ela a chance de iniciar a conversa. Evite elogios exagerados, com palavras do tipo "você é maravilhosa" ou "a pessoa mais especial do mundo". Comentários como esses pressionam a criança a ser o que não é, e ela pode achar que os adultos têm expectativas difíceis de ser atingidas.

Pequeno poderoso
Pais de filho único costumam levá-lo a programas de adulto, em que participa das conversas, vira a grande atração e é consultado para tudo: "Onde você quer comer? O que gostaria de fazer hoje?" Ao viver situações como essas com frequência, a criança tende a se sentir tão poderosa quanto os adultos e, às vezes, superior a eles, o que confunde os papéis de cada um na família. Para minimizar esse risco, evite incluí-la em atividades em que seja a única de sua idade. Outro ponto importante: os pais não devem permitir que o filho presencie discussões íntimas do casal ou conversas do mundo adulto.

Fazer amigos
Muitas vezes, ver o filho brincar sozinho causa pena aos pais. As atividades individuais, no entanto, ajudam a desenvolver a imaginação e o pensamento independente. Mas é claro que existe sempre a necessidade de convidar amigos e primos da mesma idade para brincar ou mesmo passar um período de férias juntos. Ajudar a criança a conviver com as outras requer disponibilidade do pai ou da mãe para levá-la à casa dos amigos e buscá-la. Organizar programas com outras famílias também é uma forma de permitir à criança conhecer estruturas sociais diferentes. É importante deixar de lado a superproteção e permitir a ela fazer sozinha o que já sabe.

Mais um?
Por último, o casal que optar pelo filho único precisa ficar sereno diante das costumeiras pressões para dar-lhe irmãozinhos. Elas vêm da família e até da própria criança. Não vale a pena agir por impulso. Educar com tranquilidade e encontrar companhia para seu pequeno é muito mais fácil do que criar um segundo filho fora dos planos.

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